quinta-feira, 14 de junho de 2007

Apresentação do caderno de Poesia " A Porta"



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Extracto do poema "As Portas da Consciência"

As portas da consciência abrem-se
E espalham luz por onde ela caminha,
Por onde os seus pés se deitam.
A luz entra e a mente é uma só
Já não há divisão, ela cessou.
São uma só.
Deus parece estar ao seu alcance.

As lágrimas que outrora desciam sobre
As suas faces cobriam as portas da consciência
Com algo tão duro.
E a dor que já não pousa no chão,
Habitava no seu peito,
E os seus olhos, só eles viam
E era por isso que dentro de si só existia
Escuridão,
Mas as portas abriram-se
No momento em que o sofrimento
Era demais.
Quando o seu peso é maior que
A nossa capacidade para o suportar,
Ou ele sufoca-nos ou o rejeitamos;
Ou deixamos de olhá-lo e venerá-lo
Ou deixamo-lo esconder a nossa vida numa cova
Cavada por ele,
E enterrar-nos na sua própria terra,
Mais escura e mais fria que o Inverno.

A terra jazia ali.

(cont.)

copyright©.2007 Sara Rodrigues

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